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20/08/2011

"Especialização” é a palavra de ordem para componentes do mercado

As constantes mudanças que alavancaram a posição do setor de seguros nos últimos tempos, como a produtividade crescente e a entrada de seguradoras e resseguradores internacionais somam fatores relevantes, mas há ainda um longo passo até a especialização dos componentes desse mercado. Nessa linha, o mestre em direito e consultor Walter Polido, discursou em palestra sobre os entraves que bloqueiam o desenvolvimento do mercado de seguros brasileiro. Segundo o advogado, os intervencionismos do Estado assim como a atuação do IRB já cumpriram seu papel no passado, para firmar a indústria e as seguradoras brasileiras de capital nacional, mas deixou uma dependência que perdura no cenário atual.

"Os quase 70 anos de monopólio do IRB engessou o mercado, cessou a criatividade, na medida em que o Mercado ficou acostumado com tarifas estandardizadas e se acostumou com isso”, explica. Para Polido, é preciso enxergar as demandas da realidade e se desprender das imposições do Governo. “Somos ainda órfãos do Estado em uma série de situações do serviço público”, afirma.

Novos paradigmas. Ao mencionar os novos paradigmas, o especialista fez referência às aplicações da autorregulação, tema que exige olhar atento e conhecimento, por parte dos profissionais de seguros. “O mercado clama cada vez mais pela autorregulação, que na verdade é libertinagem, se não for bem utilizada".

Se as seguradoras e corretores não souberem aperfeiçoar essa questão da liberdade de operação, vai existir a justiça para coibir o abuso”, frisa. Polido alertou também para pontos fundamentais que devem ser incorporados o quanto antes na elaboração dos contratos e resoluções que implicam na área de seguros. “A sociedade evoluiu e tem outros interesses também na forma de contratar e fazer seguro. A inserção do Código de Defesa do Consumidor, do Código Civil, do Estatuto do Idoso, por exemplo, tem que se fazer presente”, argumenta Polido. “Não se pode mais fazer seguro como antigamente. As seguradoras estão ainda muito atreladas às velhas práticas, assim como o corretor. Se isto persiste, a própria sociedade se organiza e cria substitutivos também para o corretor”, finaliza.

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